A hidrofobia, “resistência” nos sistemas de proteção da superfície do automóvel

A hidrofobia, “resistência” nos sistemas de proteção da superfície do automóvel

A hidrofobia (hidrorepelência) “resistência” nos sistemas de proteção da superfície do automóvel.
Na química, o termo hidrofobia designa uma quantidade molecular em contato com a água.
Culturalmente os profissionais em estética automomotiva, relacionam a proteção da superfície do automóvel pela capacidade de repelência a água. Justifica-se esta cultura à formação pessoal de toda civilização humana relacionada à proteção de diversas superfícies que não são capazes de suportar aos intemperismos naturais e agentes orgânicos e inorgânicos, que formam oxidações alterando o estado natural de tecidos, artefatos de cimento, cerâmicos, pedras, minérios, madeiras, pigmentos e etc.

Na pintura automotiva, há uma diferença importante entre hidrorepelência e impermeabilidade. E neste caso, a hidrorepelência refere-se apenas à proteção contra a água preenchendo infiltrações, e de certa forma isolando a umidade do meio, e não, ao molhamento intensivo que ao secar geram contaminantes. Sendo que, a impermeabilidade caracterizasse por não permitir a passagem de líquidos, gases ou ar em qualquer quantidade a fim de proteger o que se encontra abaixo desta camada que podem ser afetadas por ação da água e oxidações formadas por diversos agentes contaminantes.

Em superfícies automotivas, há um complexo projeto relacionado à impermeabilidade para proteção das partes externas da estrutura do automóvel. Tecnicamente podemos afirmar que toda a superfície externa de um automóvel é impermeável, pois todo material exposto de um automóvel, não deixa penetrar aos outros materiais que estão abaixo desta camada. E, que estas sim, se deterioram e oxidam sob a ação da água, umidade e contaminantes. Sendo assim podemos constatar e afirmar tecnicamente que, a hidrofobia proporcionada por outros elementos como as ceras, selantes e vitrificadores é mais um efeito estético, do que, um elemento de proteção. Diante deste fato, cientificamente podemos afirmar que a hidrofobia estética da superfície de um automóvel não esta interligada a efetiva proteção de toda a superfície. Os vernizes e tintas automotivos são extremamente resistentes tanto ao intemperismo, quanto aos malefícios por meio de oxidações proporcionadas pela água.

Nota: Diante desta ultima afirmação é que muitos jornalistas, que se dizem “especializados” interpretam erroneamente e determinam que o verniz automotivo não necessite de proteção alguma.

Por outro lado, se considerar que a repelência proporcionada pelas ceras, selantes e vitrificadores tem a capacidade de repelir não simplesmente a água ou líquidos, mas sim a capacidade de suportar a sujeira e com isto, proteger dos malefícios que estas ocasionam sobre a superfície de um automóvel, tecnicamente a resistência ligado à repelência da sujeira é um fator relevante na proteção da superfície. Com este critério, cientificamente não podemos desconsiderar que a água utilizada como veículo para remover tais sujidades, poderá se tornar um fator determinante para que tais elementos não se fixem sobre a superfície externa de um automóvel. E isto não acontece quando a água naturalmente seca sobre a superfície. Independente da hidrofobicidade e ao formato das gotas que se forma sobre a superfície de um automóvel, quando estas, não são retiradas sobre pressão ou por outros sistemas e produtos adequados de limpeza. Estas gotas ao secar deixaram elementos sólidos que formam uma vasta cadeia de sujidades, e por que não dizer fungos, ocasionando os chamados contaminantes.

Por meio de diversos tipos de poeira, fumaças e nevoas e outros poluentes atmosféricos, formam um elevado nível de materiais particulados orgânicos e inorgânicos, compostos de enxofre, halogenados, nitrogenados e carbonados orgânicos. As substâncias sólidas formam o que chamamos de sujidades que ao depender do tempo de exposição, condições de umidade e temperatura podem se transformar em contaminações fixadas sobre as ceras, selantes e até mesmo, nos verificadores, e certamente esta cadeia de contaminantes causará tensões de sais por meio de cloretos, nitratos, carbonatos e sulfatos que se cristaliza sobre a superfície provocando eflorescências (depósitos cristalinos de cor branca), e outros depósitos que podem se calcificar e se fixar sobre qualquer superfície. Entretanto todos estes contaminantes podem estar combinados entre si, de tal maneira que nos permite referir a esta cadeia de contaminantes como “marcas de gotas calcificadas”. E estas, quando se juntam a novas contaminações, se agirem diretamente sobre a tinta ou verniz poderão ocasionar danos irreversíveis (permanente). Por outro lado, se estas anomalias agirem sobre a camada de ceras selantes ou vitrificadores os danos causados à superfície podem ser reversíveis (temporárias).
Desta forma, tecnicamente é comprovado que os contaminantes mudam a higroscopicidade do agente protetor do revestimento automotivo, ou seja, aumentam a capacidade de reter e absorver a água. E assim, o efeito hidrofóbico das ceras, selantes e vitrificadores, poderá ser afetado parcialmente ou integralmente. E isto não quer dizer que o verniz se encontra desprotegido.
No caso dos selantes e vitrificadores que utilizam nano materiais e derivados da estrutura básica do vidro associada a outros elementos, tem a função de penetrar nos poros do verniz, e se fixar sobre todo o revestimento do automóvel, criando assim uma membrana não rugosa. E, mesmo que estes produtos de proteção percam a hidrorepelência, garantem sua presença ao se integrasse ao verniz, dando uma proteção duradoura e efetiva, como também, uma proteção que permite a reparação, contra os danos causados por estes contaminantes.

As ceras automotivas também tem um papel importante sobre o aspecto protetivo e estético do verniz, mas cria uma camada porosa e rugosa, isto aliado ao tamanho da partícula ou material solido de todas as ceras, como também, a não resistência ao intemperismo, solventes e compostos alcalinos, a cera automotiva por não se integrar ao verniz não tem a capacidade de se fixar por longos períodos sobre o mesmo

Curiosidade; os primeiros testes de fixação de nano material ao verniz foram introduzidos pelas ceras automotivas. E estas não corresponderam pelo fato de que, além da ineficiência de integração e da característica da camada. Quando estas ceras foram submetido ao intemperismo natural, e outros agentes de degradação, criava uma placa de nano material que ao se juntar com os resíduos sólidos se desprendiam facilmente da superfície por um curto período.

Isto não quer dizer que a proteção das ceras automotivas é menos efetivo do que as proteções de um selante ou vitrificador. O mais importante ao profissional em estética automotiva e ter o devido conhecimento da superfície e do material ao qual ele deverá proteger. A fim de atender as necessidades de proteção deste material, como também suprir as necessidades estéticas no âmbito pessoal e de seus clientes. Com este conhecimento ficará fácil adotar o melhor produto protetivo.

Vale ressaltar que. A falta de conhecimento do profissional em estética automotiva sobre a superfície ao qual ele irá proteger e conservar, o faz levar a um grave erro. O de utilizar ao mesmo instante, vários tipos de produtos com diferentes critérios de proteção sem respeitar o período de cura, como também a opção de criar camadas sobrepostas a fim de proteger ou superproteger a superfície. O efeito deste erro elevará o custo de todo o serviço, como também poderá ocasionar danos estéticos à superfície por excesso de produtos e incompatibilidade de materiais químicos.

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