Shampoo Automotivo X Detergente
Qual a diferença do lava louças (detergente neutro) que uso em minha casa para lavar o meu carro, para o shampoo automotivo que você usa em seu estúdio automotivo?
Definição ANVISA/MS – DETERGENTES E SEUS CONGÊNERES, – são as substâncias que apresentam como finalidade a limpeza e conservação de superfícies inanimadas, como por exemplo: Detergentes; ; Antiferruginosos; Desincrustantes Ácidos e Alcalinos; Limpa Móveis, Plásticos, Pneus, Vidros; Removedores; Sabões; Saponáceos e outros.
Não esta incluso em ‘’outros’’ o Shampoo automotivo, isto porque no Brasil a definição ANVISA/MS classifica o termo shampoo usado no rotulo como produto cosmético.
Produtos cosméticos são aqueles de uso externo nas diversas partes do corpo humano (pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral), com o objetivo de limpar, perfumar, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, proteger ou manter em bom estado, conforme RDC nº 211 / 2005.
Os produtos cosméticos devem ser regularizados na Anvisa mediante registro, notificação ou comunicação prévia. A ANVISA /MS somente regulamenta produtos cosméticos de uso em humanos.
As industrias químicas adicionam ao Detergente Automotivo a palavra Shampoo para diferenciar de outros detergentes. O que mais diferencia os shampoos automotivos aos detergentes de pH neutro de uso comum ex; Lava louças , pode ser explicado pela formulação de cada produto e característica de uso.
Em formulações de Detergente Lava Louças alem da água, o elemento ativo pode conter elevado nível de ácido sulfônico , e para atingir o nível de pH neutro é adicionado sóda cáustica (estes componentes a depender da concentração e uso inadequado podem provocar danos ao verniz automotivo) , outros aditivos em pequenas quantidades entram na formulação como a glicerina, Dietanolamida do Ácido Graxo de Coco (Amida 60) e Lauril pH alcalino, e para deixar este detergente viscoso é o cloreto de sódio (sal).
Em regra geral, os detergentes lava louças tem a formulação específica para retirar resíduos alimentícios e em alguns casos resíduos oleosos e até leve residual graxo.
A composição química destes produtos devem atingir um baixo custo de produção.
Nas formulações de ‘’Shampoos automotivos’’ de qualidade, não é utilizado ácido sulfônico e nem a soda cáustica. e para compensar a ausência destes ativos de elevado poder de limpeza e baixo custo, más que, podem provocar danos aos vernizes automotivos, é utilizado muitos outros componentes como a Agua Deionizada, Metilparabeno, Propilparabeno, Poliglicol, Dietanolamida do Ácido Graxo de Côco (Amida 90), Lauril Eter Sulfato de Sodio pH neutro, ácido cítrico, Anfotero Betainico, d-limoneno entre outros.
A composição química dos ‘’Shampoos automotivos’’ de qualidade, tem por finalidade, retirar resíduos de sujeira em superfícies de automóveis, que são mais abrangente que os detergentes comuns, dentre elas são; Vários tipos de sujidade (não incrustadas) provocados por, resinas e seivas de arvores, excretos de aves, vestígios de insentos mortos durante viagens; Oxido de ferro presente na poeira vermelha; Partículas de construção (poeira de cimento e seus congêneres) que adere ao veículo por meio da água de chuva e o sereno; Lodo de transbordo de esgoto; Oleígenos e graxas (leves e pesados), entre outros tipos de sujidades e poluentes que estão presentes nas ruas, avenidas e estradas ao qual o veículo estará exposto.
A composição química dos ‘’Shampoos automotivos’’ a depender da qualidade o custo sempre será superior ao detergente de uso comum e até mesmo de alguns cosméticos limpadores corporais.
Outra observação importante, os ‘’Shampoos automotivos’’ de qualidade, além de limpar tem que garantir ao usuário que o verniz do automóvel não será agredido…